Aula de teatro, no dia 08/03/12

Nesta aula, depois do tradicional e organizado futebol da criançada, em meio a agitação do primeiro dia, retomamos o trabalho de teatro com a professora Márcia Pompêo Nogueira (UDESC) e com o coordenador do projeto Ponto de Cultura Arreda Boi, Nado. Inicialmente, relembramos o trabalho feito em 2011 e recuperamos o que mais nos marcou. Fomos puxando pela memória: brincadeiras feitas, músicas cantadas, personagens do boi e apresentações realizadas.

A primeira brincadeira a ser lembrada foi a do “status alto e baixo”. Houve quem falasse do “eunuco”, das “ruas e vielas”, da “história da serpente”… Por incrível que pareça, a do “urso”, das mais pedidas no ano anterior, demorou a aparecer. O vaqueiro e o Mateus também estavam lá na memória. As letras das músicas fomos relembrando aos poucos.

Depois de tantas lembranças e de tantos fios puxados, partimos para a brincadeira do “fia fia”. Fizemos duas linhas de pessoas com mãos dadas e cada uma dessas linhas, a partir da pessoa que encabeçava a linha, cruzava pontos/pessoas da própria linha, fazendo nós. Difícil foi desatar o nó depois, o que também faz parte da brincadeira.

Do “fia fia” fomos para o “carro cego”. Duplas foram formadas. Uma pessoa, o “carro”, colocava-se na frente da outra de olhos fechados e braços cruzados para se proteger de possíveis “trombadas”. A que ficava atrás, o/a “motorista”, deveria comandar com leves toques: a direita, o “carro” deve virar a direita; a esquerda, muda o sentido; nas costas, segue reto; na cabeça, ré; no pescoço, freio. Começamos o jogo com todas as duplas em ação ao mesmo tempo. O trânsito estava bastante agitado! Revelação foi quando cada dupla brincou separadamente, mostrando para os demais que assistiam que só se anda quando se é empurrado/a. Neste momento, a atenção foi aguçada, a velocidade reduzida para a conexão não ser perdida. Momento sublime mesmo!

E daí partimos para outras brincadeiras: “urso” e “detetive”. A do “urso” é sempre uma sensação para a criançada. Ela começa assim: com os demais participantes, lenhadores/as, dormindo, até chegar a hora de acordar, quando começam as atividades do dia – café, caminhada para o trabalho… Cada um segue sua atividade rotineira até que o urso, quase sempre o Nado (a pedidos) aparece faminto. Os/as lenhadores/as ficam então imóveis para não serem engolidos/as pelo bicho insasiável. Mas antes do silêncio é uma gritaria danada, pânico puro. O bicho começa a fazer de tudo para poder ficar com sua presa: gracinhas e outras estripulias – a criançada sempre lembra que cosquinha não vale. Quem se mexe na frente dele já era, morre na brincadeira. Quase sempre as mortes são por risada. Quem sobrevive imóvel, o prêmio: vira urso também!

Brincar de “detetive” também costuma ser muito divertido. Fazemos uma roda e ficamos de olhos fechados. Uma pessoa fica de fora e escolhe quem será o “detetive” e quem será o “assassino”. Um apertinho no corpo é um dos personagens, dois apertinhos, é o outro. Antes de começar a brincadeira, decidimos em qual cenário ela irá se dar. Neste dia, optamos por encenar um enterro. No final, tinha mais assassino do que o combinado. Encerramos então a brincadeira e fomos para o nosso tradicional bate-papo final, momento em que avaliamos como foi a aula.

 

 

[Fotos pelo grupo. Texto: Márcia Pompêo Nogueira e RenatA. B. Atualização: RenatA. B.]

Logos Patrocinadores