Aula de teatro, no dia 26/04/12

… Cheguei um pouco atrasada e a aula já estava acontecendo. Esperei e participei da próxima brincadeira. A proposta era a seguinte: nós nos espalhávamos pela sala e cada um, sem falar para ninguém, definia um ponto a alcançar, ou seja, de olhos fechados teríamos que chegar até o ponto definido. Fizemos isto três vezes. A Márcia orientou-nos a ir aumentando o grau de dificuldade à medida que fossemos alcançando os alvos. Uns conseguiram alcançar os alvos as três vezes; outros, algumas, mas nem todas; e tiveram também aqueles que não conseguiram nenhuma das três. Interessante foi, no final, quando um número grande de pessoas escolheu um mesmo alvo. A Márcia que ficou de olhos abertos viu formar uma fila de pessoas que procuravam passar por um estreito corredor que dividia as cadeiras do auditório.

Depois fizemos duplas. Ficávamos frente a frente com nossa dupla e depois de olhos fechados dávamos três passos para trás e voltávamos dando três passos para frente. Tínhamos como objetivo encontrar nosso par. Ao longo da brincadeira, fomos fazendo algumas combinações. Combinamos que daríamos um abraço ao encontrar nosso par. Depois, dadas algumas resistências, estabelecemos apertos de mão e também o entrelaçamento de braços. Nem todos os pares conseguiam se achar, ou melhor, reencontrar-se.

Ainda em duplas, a proposta era representarmos desejos contraditórios: amor/ódio, fome/saciedade e assim por diante. Em determinado momento, dividiram-se as duplas: uma parte observava e as outras encenavam.

Retomamos, então, a música da peça do Teatro Fórum do Boi, que remete a situações contraditórias e, ainda na formação anterior, uma parte das duplas encenava e a outra observava. O Allan pediu que fizéssemos bem devagar, pausado para que ele pudesse tirar fotografias.

A música da peça, composição de Eva, Paulo e Nado, é esta:

Ô Mateus, ô Mateus
Tu não seja mão de vaca
Eu vou cuidar do seu boi o Mateus
E mereço umas patacas
Eu quero um bocadinho pra comprar a minha casa
Eu quero um bocadinho para ter boa saúde
Me dá mais um pouquinho pra ficar alimentado
Pagar uma escola com o dinheiro do trabalho

Ô vaqueiro ô vaqueiro
Escute bem o que eu te digo
Tu vai cuidar do meu boi o vaqueiro
E eu te dou um salário digno
Com o muito que eu te dou da pra comprar uma telha
Com o muito que eu te dou da pra comprar uma aspirina
Com o salário que eu te dou da pra comprar uma marmita
Com esse mínimo salário vais comprar até caderno

Na seqüência, ainda em duplas, interpretamos os personagens boi e vaqueiro. Vale dizer que as duplas foram se alternando ao longo da aula, ou seja, os pares iam mudando. Desta vez, uma dupla interpretava e as demais observavam. A Márcia chamou nossa atenção para a importância de observarmos os colegas e aprendermos com seus personagens. No final, o Allan disse que várias representações haviam sido bastante realistas: os atos de dar água, comida, escovar e tirar carrapato do boi, abrir a porteira para ele passar, dentre outras.

No final, a criançada foi presenteada com a brincadeira do assassino e do detetive. O cenário era uma balada na piscina. Na função de decidir quem seriam essas pessoas, o Nado escolheu o Cleber e a Márcia respectivamente. Depois de umas três tentativas a Márcia conseguiu prender o Cleber em nome da lei! O Moises ainda facilitou, não cumprindo com o combinado: depois de receber a piscadela tinha que dar cinco passos para morrer escandalosamente.

 

 

[Texto: Márcia Pompêo Nogueira e RenatA. B. Atualização: RenatA. B.]

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